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A história do coelhinho e os outros símbolos da páscoa

Os ovos, o coelho, as amêndoas, o folar, o cordeiro... a Páscoa é uma época especialmente rica em simbolismo. Conheça os significados dos símbolos da Páscoa!

Quando pensamos em Páscoa, uma das primeiras imagens que vêm à nossa mente é a do coelho da Páscoa, com os ovos coloridos, pintados de cores vivas. Mas se é sabido que os coelhos não põem ovos... de onde vem esta associação?

A história do Coelhinho da Páscoa

Conta-se que a história do coelho da Páscoa vem de tempos muito antigos, porque o coelho simbolizava, para os pagãos, a Lua e a fertilidade. A Páscoa, que já era celebrada como a passagem do Inverno para a Primavera, representa, nas suas origens, o renascer da vida. Uma vez que os coelhos se reproduzem muito e a Páscoa simboliza o renascimento, este animal foi escolhido como símbolo desta época. O Coelho da Páscoa não é um símbolo conflituante com a Igreja, pois representa a capacidade de esta propagar fecundamente a palavra de Jesus. 

Reza a lenda que havia uma mulher muito pobre que, não tendo nada para oferecer aos seus filhos no Domingo de Páscoa, cozeu alguns ovos, pintou-os e escondeu-os no quintal. Quando as crianças encontraram os ovos, apareceu por ali um coelho que fugiu, e então elas acreditaram que os ovos da Páscoa tinham sido trazidos pelo coelhinho. A partir daí, o coelhinho surgiu associado aos ovos da Páscoa. 

Os Ovos da Páscoa

Por ser do ovo que nasce a vida, os ovos foram associados à Páscoa, ainda nas suas origens pagãs. Os agricultores enterravam ovos para assim atraírem uma boa colheita, sendo o ovo o símbolo da vida "fertilizavam" o solo com este bom prenúncio. Por essa razão, as pessoas ofereciam ovos aos amigos, como um presente de sorte, abundância e uma vida próspera. Conta-se que na Pérsia Antiga se acreditava que a Terra surgira de ovo gigante, e por isso os ovos eram considerados sagrados. Na China envolviam-se os ovos com cascas de cebola, sendo estes depois cozidos com beterraba. Ao retirarem-se da água, os ovos tinham impressos os traços da casca da cebola, formando desenhos. Estes ovos eram oferecidos às pessoas amigas no início da Primavera, como auspício de boa fortuna.

Os Cristãos primitivos do Oriente já ofereciam ovos coloridos na Páscoa, simbolizando com eles a ressurreição, o nascimento de uma nova vida. Na Arménia decoravam-se ovos ocos com desenhos que retratavam Jesus, Maria e outras figuras bíblicas. No século XVIII a Igreja aceitou o ovo como um dos símbolos da Páscoa, chegando a doar ovos bentos aos fiéis. Devido à proibição de comer carne na Quaresma, e sendo o ovo um derivado animal, começaram a surgir os ovos de chocolate, que a indústria ainda hoje mantém como um dos símbolos mais populares da Páscoa. Outras teorias apontam para a Rússia do tempo dos Czares como a origem da tradição dos ovos de chocolate, outras ainda, para os pasteleiros franceses, que começaram por rechear ovos vazios e limpos com chocolate, decorando-os depois.

O Cordeiro da Páscoa

No almoço de Páscoa o cordeiro é o prato principal tradicional. Esta associação está ligada ao simbolismo profundo do cordeiro, associado a Jesus. Segundo o Antigo Testamento, a Páscoa era celebrada comendo pão ázimo, que não leva fermento, e com o sacrifício de um cordeiro, que representa o sacrifício de Jesus, que derramou o seu sangue por nós: "Este é o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do Mundo".

Já na Páscoa judaica, o cordeiro representava a aliança de Deus com o povo judeu, libertado da escravidão do Egipto, pois Moisés comemorou a libertação do povo judeu da escravidão dos faraós imolando um cordeiro. 


Amêndoas de Páscoa

Também as amêndoas são um símbolo de Jesus, porque tal como o fruto se esconde sob uma capa dura, também a essência Divina de Jesus estava escondida sob a sua natureza humana. Por outro lado, pelo seu formato as amêndoas cobertas de açucar ou chocolate replicam os ovos, em miniatura, mantendo o seu simbolismo de fertilidade e vida.

O Folar de Páscoa - uma tradição muito nossa

O folar é uma tradição de Páscoa portuguesa, muito antiga, ligada à história de Mariana, uma jovem rapariga que desejava casar... Conheça aqui toda a história! É tradição, ainda hoje, as madrinhas oferecerem um folar aos afilhados, no Domingo de Páscoa. Em algumas localidades, os afilhados oferecem no Domingo de Ramos um ramo de violetas à madrinha, que depois no Domingo de Páscoa retribui com o folar.

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