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A tradição da Árvore de Natal

"Fazer a árvore de Natal" é, para a maioria das famílias, o ritual que marca o início da época natalícia. A casa fica com uma energia diferente, os brilhos das luzinhas, as fitas douradas e os enfeites criam uma atmosfera mais acolhedora, festiva e familiar, que nos deixa de coração mais cheio. Mas, se o Natal cristão celebra o nascimento do Menino Jesus, de onde vem a tradição da árvore de Natal? Qual é o seu significado?

Há muito, muito tempo atrás, nos primeiros séculos da nossa História, os homens adoravam a Natureza e os deuses que a personificavam. Assim, já os Romanos celebravam em Dezembro o nascimento - não do Menino Jesus, mas do Deus Sol, que nascia com o Solstício de Inverno (a 21 de Dezembro) e crescia à medida que os dias se tornavam maiores. Esta festa era celebrada em honra de Saturno, o deus das colheitas, e por essa razão chamava-se "a Saturnália" (ou "as Saturninas"), e eram decoradas árvores com enfeites luminosos e máscaras que aludiam ao nascimento do deus.

A tradição de enfeitar árvores para celebrar o nascimento do "deus da Luz" remonta a esse tempo, pois as árvores eram consideradas a ligação entre a Terra e o Céu, simbolizando a fertilidade e a continuidade da vida.

Os Celtas decoravam carvalhos, árvores sagradas, com maçãs pintadas de dourado. Os Romanos usavam máscaras redondas e outras decorações que refletiam a luz, pondo-se no cimo da árvore uma estrela, a qual simbolizava o deus Sol. Por ser um costume pagão, foi no Norte da Europa que ele ganhou maior expressão e que se foi perpetuando ao longo dos séculos, pois a religião católica tardou mais tempo a impor-se nesses países.

O primeiro registo da "Árvore de Natal" como hoje a conhecemos remonta à Alemanha do século XVI, sendo já usado o pinheiro, adotado provavelmente pela alusão à Santíssima Trindade, devido à sua forma triangular. O calendário cristão procurou suplantar as festividades pagãs com datas e tradições que a elas se assemelhassem, para que as pessoas seguissem a religião católica, sem perderem as celebrações que antes faziam. 

Contam as lendas mais antigas, também, que no dia do nascimento de Jesus muitas árvores floresceram. Assim, os cristãos passaram a assinalar esta data com a decoração de pinheiros, porque o pinheiro preserva o verde dos seus ramos mesmo no tempo mais frio e até com neve, e como tal representa a promessa da vida que se perpetua. As bolas coloridas que usamos para decorar a árvore simbolizam os "frutos" da vida trazida por Jesus.

Conta-se que, no século XVI, o sacerdote Martinho Lutero adornou uma árvore com luzes no dia de Natal, como forma de honrar o nascimento de Jesus, que veio trazer Luz a todos os Homens.

Esta tradição originária chegou a Portugal no século XIX, com o casamento de D. Maria II com D. Fernando II, de ascendência germânica, que a trouxe para a Corte Portuguesa. Da Corte, este costume passou a ser adotado pela Nobreza, e da Nobreza chegou ao povo, que ainda hoje o repete. Antes disso, o Natal já era assinalado em Portugal com a tradição de "fazer o presépio".

Embora tenha origens pagãs, a Árvore de Natal celebra o nascimento da Luz e a vida, num gesto transmitido ao longo dos séculos e repetido como prova de fé em Deus, seja qual for ideia que Dele tivermos, como força maior que governa a nossa vida.

 

Saiba que...

Na tradição alemã, há 12 símbolos especiais que devem estar sempre representados nas decorações da árvore de Natal, para trazerem a felicidade a esse lar:

1 - uma casa - a proteção;

2 - uma chávena - a hospitalidade;

3 - um coelho - a fertilidade;

4 - um pássaro - a alegria;

5 - uma rosa - o afeto;

6 - uma cesta com frutas - a generosidade;

7 - um peixe - a bênção de Cristo;

8 - uma pinha - a abundância;

9 - um cesto de flores - bons desejos;

10 - Pai Natal - a bondade;

11 - um coração - o amor verdadeiro;

12 - uma estrela - a Luz e a vida (Jesus).

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