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Desamores do passado: relações conflituosas que vieram de outras vidas

A ideia do reencontro com a nossa alma-gémea ou com alguém com quem vivemos uma história de amor no passado é mágica e enche o coração de alento e esperança. No entanto, e segundo a teoria da Reencarnação, saiba que temos uma grande probabilidade de reencarnar também com as pessoas com quem vivemos histórias que não acabaram bem, e com quem trazemos "karmas" para resolver. Essas são, muitas vezes, as pessoas que nos estão mais próximas: mãe, pai, irmão, irmã, com quem temos conflitos que não sabemos explicar e que parecem anteceder a nossa própria história...

É fácil de compreender, se acreditarmos na reencarnação, que a alma, no seu constante propósito evolutivo, escolha encarnar sucessivas vezes junto daquelas almas com quem foi vivendo histórias marcantes noutras vidas. Só desse modo terá oportunidade de, numa vida seguinte, sanar e resolver aquilo que não ficou resolvido numa vida passada. Por esse motivo, muitos teóricos defendem que a alma encarna sucessivas vezes com o mesmo grupo de almas. Embora, de vida para vida, os papéis que vivem se vão alterando - o seu pai nesta vida pode ter sido, numa vida anterior, seu filho - as almas continuam a encarnar muito próximas, acompanhando-se durante grande parte da sua estadia na Terra. Mas tal não quer dizer que a convivência seja pacifica (nem que todas as pessoas que nos rodeiam são sempre as mesmas almas, vida após vida). A sensação "a minha mãe nunca gostou de mim", por crua que pareça, é mais comum do que imagina. Porque é que temos tanta dificuldade em dar-nos com certas pessoas? Embora obviamente aquilo que vivemos NESTA vida seja A NOSSA VIDA, pode haver razões escondidas num passado distante, numa outra encarnação, que despoletam sentimentos inexplicáveis e reações que não sabemos compreender. 

Como identificar um "desamor" de outra vida?

Alguns sinais podem ajudar-nos a apurar se uma relação conflituosa pode ter origem numa encarnação passada. Contudo, apenas com uma consulta de Regressão podemos esclarecer, analisando detalhadamente o nosso caso com o devido acompanhamento de um terapeuta especializado, quais são os reais bloqueios que trazemos de outras vidas, nomeadamente os conflitos com pessoas que nos são próximas.

De entre os aspetos que nos deixam a pensar na possibilidade de este "desafeto" ser anterior ao nosso nascimento um dos mais fortes é aquele "alarme interno" que parece disparar de forma inesperada perante uma palavra ríspida, uma atitude egoísta, um gesto inexplicável:

Porque é que esta pessoa não gosta de mim? Porque é que, faça eu o que fizer, nada é suficiente nem bom para ela?"

Certamente já lhe aconteceu conhecer alguém e, de imediato, sentir antipatia pela energia dessa pessoa. Ou então, mesmo sem ter motivos concretos por não a conhecer bem, não conseguir confiar em alguém. Atenção, todos nós possuímos uma intuição e um instinto que nos guiam (embora nem todas as pessoas os sigam) e que nos alertam para um potencial perigo, para alguém que não tem boa índole ou que não é digno da nossa confiança. No entanto, há casos e pessoas que, mesmo sem nos fazerem mal, pura e simplesmente não parecem agradar ao nosso "alarme interno". Esse pode, também, ser um poderoso indicador de que aquela pessoa, noutro corpo, noutra vida, teve connosco uma história que não terminou bem... ou que não terminou.

Mas o mesmo pode passar-se em sentido inverso: talvez já lhe tenha acontecido conhecer alguém que, sem que você possa entender o motivo, parece estar sempre contra si, critica as suas ideias, sendo mesmo ríspido ou desagradável consigo.

Se, no dia-a-dia, estas situações, embora desagradáveis, são relativamente fáceis de gerir, elas tornam-se muito mais complicadas quando acontecem no nosso núcleo mais chegado. Este é o caso de um pai ou de uma mãe que parece ter uma "embirração" inexplicável com um dado filho, ou de um filho que não se dá com um dos pais (ou com ambos), sem que tenha havido, ao longo do seu crescimento e educação, um motivo que o possa justificar. Este pode ser, também, o caso de irmãos que parecem odiar-se desde a nascença, ou daqueles casais que, passados os primeiros tempos de paixão, entram numa espiral eterna de conflitos, e que mesmo separados continuam a alimentar o ódio um pelo outro, com uma tal intensidade que essa zanga parece ser um poderoso elo de união (aqueles casos de "nem contigo nem sem ti").

Nessas situações há um ponto muito importante, essencial para desatar este nó kármico que vos prende: independentemente da atitude da outra pessoa, VOCÊ TEM O PODER DE ESCOLHER PERDOAR. Se, no seu coração, você for capaz de manter sentimentos positivos em relação a ela, não lhe está a fazer nenhum favor a ela, mas sim a si próprio. Está a libertar-se dessa situação negativa, a deixá-la ir, a curá-la. E, se conseguir fazê-lo, não voltará a ter de enfrentar essa pessoa de um modo negativo noutra vida, porque o vosso "espinho" foi finalmente curado.

Quando nos fazem mal mas nós não retribuímos na mesma moeda (o que é MUITO diferente de permitir que o maltratem de algum modo ou de expor-se ao lugar de vítima, atenção!), quando nos afastamos sem sentimentos de rancor e dissipamos a mágoa, aceitando, simplesmente, que aquela pessoa ainda não aprendeu a lição que ambos têm para aprender, Deus nunca nos deixa desamparados, e cuida sempre para que haja outras portas a abrirem-se na nossa vida, outros focos de luz que possam guiar a nossa alma nos momentos de maior escuridão. Quando, em vez de alimentar zangas e ódios, atritos e hostilidade, sabemos distanciar-nos dessa pessoa ou situação e ter em relação a ela sentimentos de compaixão, estamos a evoluir enquanto almas, na nossa caminhada interior rumo à Luz. Estamos a ser mais evoluídas que ela, que continua presa à teimosia, ao rancor, aos sentimentos negativos e destrutivos.

O primeiro passo a dar, nessas situações, é deixar de ser um alvo. Ao dar-lhe oportunidade de continuar a fazer-lhe mal estará a alimentar mais karmas, mais nós para desatar no futuro. Afaste-se dessa situação, tanto quanto lhe for possível, e aprenda a manter-se indiferente a ela. Se já sabe que aquela pessoa, mesmo que seja alguém muito próximo, não vai ser simpático consigo, afaste-se dela. Aceite que é assim e que não há nada que pode fazer. Não permita que ela o magoe mais, mesmo que se trate de um pai ou de uma mãe. Procure a ajuda de alguém que possa trazer-lhe de volta a auto-estima que muitas vezes perdemos em virtude dos ataques dos outros. O apoio de um terapeuta pode ser essencial. Aceite-se a si próprio e aceite que todos nós cometemos erros e falhas: só perdoando os nossos erros e imperfeições podemos ser capazes de perdoar os dos outros. Peça ajuda a Deus, seja qual for a sua fé: a oração é um poderoso escudo contra as energias negativas, defendendo-nos do que não nos faz bem. Cure o seu coração sem se manter preso a um passado que lhe fez mal. O que lá vai, lá vai. Dê oportunidade a si próprio para ser feliz: agora.

Consultas de Cura Cármica e Regressão no Centro Maria Helena, envie um e-mail para [email protected] ou através do Facebook. 

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* Todas as assistentes do Centro Maria Helena são formadas pela Dra. Maria Helena. 

 
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